skip to main |
skip to sidebar
A microcorrente pode ser definida como um tipo de eletroestimulação que utiliza correntes com parâmetros de intensidade na faixa dos microampéres, de baixa freqüência, podendo apresentar correntes contínuas ou alternadas. Também é chamada de MENS (Micro Electro Neuro Stimulation).
O objetivo da técnica é promover a revitalização cutânea, melhorando a flacidez muscular, elasticidade, a viscosidade e o brilho da pele, que ocorre devido à formação de um campo bioelétrico natural, que promove revitalização celular.
A polaridade dos tecidos não-excitáveis tem sido documentada nas últimas décadas. Todas as funções e atividades do corpo envolvem de alguma forma a eletricidade. Segundo Okuno (2006, apud Borges, 2006), o conhecimento dos fenômenos elétricos é importante para uma melhor compreensão dos complexos processos físicos e químicos que caracterizam a vida.
O conhecimento da bioeletricidade celular é fundamental na compreensão de diversos fenômenos que envolvem a eletroterapia. Sabe-se que existe um sistema de comunicação denominado sinalização. Um sinal é uma informação codificada, que não pode ser liberada do sinal se não existir um meio de reconhecer o formato e a leitura do código. Segundo Charman (2006, apud Borges, 2006), a hipótese relativa aos vários aspectos da bioeletricidade é que as células podem receber, decodificar e agir sobre sinais elétricos, magnéticos e acústicos. Esta bioeletricidade é a base em que se apóiam as várias teorias do sinal elétrico ou magnético interagindo entre as células.
Quando a atividade elétrica endógena do organismo é considerada, é pertinente a hipótese de que as estimulações elétricas ou eletromagnéticas, quando aplicadas externamente ao corpo, possam desencadear alterações em nível celular que intensificam o processo de cicatrização.
De acordo com Robinson e Snyder-Mackler (2001, apud Borges, 2006), o modo normal de aplicação dos aparelhos de micrecorrentes ocorre em níveis que não se consegue ativar as fibras nervosas sensoriais subcutâneas, e o resultado disto é o cliente não sentir o formigamento que a corrente galvânica favorece.
O plano de atuação das microcorrentes é profundo, podendo atingir um nível muscular, e apresenta-se com imediata atuação no plano cutâneo e subcutâneo.
Efeitos Fisiológicos:
Restabelecimento da bioeletricidade tecidual: pesquisas mostraram que um trauma afetaria o potencial elétrico das células do tecido lesionado. Inicialmente o loca atingido teria uma resistência maior do que os tecidos próximos à lesão da corrente. A aplicação das microcorrentes em um local lesionado pode aumentar o fluxo da corrente endógena. Isto permite à área traumatizada recuperar sua capacidade, ocorrendo um processo de cura.
Síntese de ATP: noventa por cento do total de ATP, utilizados nos trabalhos celulares são transformados durante o metabolismo da glicose, com a energia liberada pela oxidação subseqüente dos átomos de hidrogênio liberados durante a glicólise.
Toda energia acumulada será armazenada nas mitocôndrias, também denominadas “poços de energia” celular, e definidas como uma organela intracelular composta de várias membranas, sendo responsável por todas as reações do metabolismo aeróbico que utiliza esta forma de combustível. Dentro desta estrutura celular, existe uma combinação de várias enzimas especiais que transportam os íons de hidrogênio liberados pela degradação metabólica da glicose e gordura. Estes íons fluem através da membrana celular, dando origem à Adenosina Trifosfato (ATP), principal fonte de energia química.
A microcorrente atua diretamente no organismo, aumentando a síntese de ATP e eleva o seu aumento em até 500%.
Aumento do transporte de membranas: em virtude do aumento da produção de ATP ocorre a intensificaçao do transporte ativo através da membrana.
Transporte ativo de aminoácidos: segundo Guyton (2001, apud Borges, 2006), as moléculas de praticamente todos os aminoácidos são demasiadamente grandes para sofrerem difusão através das membranas celulares. Então, o único meio de transporte significativo desta substância para o interior da célula é através do transporte ativo. Este mecanismo de transporte ativo depende diretamente da energia liberada pelas moléculas de ATP, e o aumento de ATP disponível para a célula aumenta o transporte de aminoácidos e, conseqüentemente, aumenta a síntese de proteínas.
Ação no Sistema Linfático: uma pequena quantidade de proteínas plasmáticas vaza continuamente através dos poros capilares para o líquido intersticial ( entre os tecidos). Se não forem devolvidas ao líquido circulante, a pressão coloidosmótica do plasma cairá a volumes demasiadamente baixos, o que fará que se perca grande parte do volume sanguíneo para os espaços intersticiais. Uma importante função do sistema linfático é a de devolver as proteínas plasmáticas do líquido intersticial à circulação do sangue. Ocasionalmente, ocorrem anormalidades no mecanismo das trocas líquidas nos capilares que resultam em edema, caracterizado pela passagem excessiva de líquido para fora do plasma e para o líquido intersticial, com a conseqüente tumefação dos tecidos. Entre as várias causas desse fenômeno está o bloqueio do sistema linfático, que impede o retorno da proteína, do interstício para o plasma, fazendo que a concentração de proteínas plasmáticas caia a volumes muito baixos, enquanto a concentração de proteína no líquido intersticial aumenta muito. Estes dois fenômenos, isolados ou em conjunto, produzem a transudação excessiva de líquido para os tecidos.
A microcorrente aumenta a mobilização de proteínas para o sistema linfático, pois quando são aplicadas em tecidos traumatizados, as proteínas carregadas são postas em movimento, e sua migração para o interior dos tubos linfáticos tornam-se acelerada. A pressão osmótica dos canais linfáticos é aumentada, absorvendo o fluído do espaço intersticial.
O método utilizado pela microcorrente é totalmente indolor e não invasivo, onde a aplicação é feita através de massagem agradável e relaxante, com canetas e cotonetes em suas pontas, funcionando em três etapas: na primeira promove o aumento do metabolismo, liberando íons de cálcio que deflagram o incremento no transporte de membranas, aumentando a circulação arterial, venosa e linfática, maior reabsorção de líquidos estagnados no interstício e eliminação de toxinas, aumentando a produção de ATP e transporte de aminoácidos.
Na segunda etapa realiza pinçamento dos sulcos, vincos e da musculatura, visando o encurvamento muscular com restabelecimento da tonicidade facial.
Na terceira etapa o objetivo é introduzir com auxílio da miocrocorrente um produto ionizável (técnica que facilita a penetração de substâncias ativas dos cosméticos através da pele).
Indicações:
- Cicatrizes;
- Pós-operatórios;
- Rejuvenescimento;
- Flacidez tissular;
- Recuperação de queimaduras;
Contra indicações:
- Cardíacos portadores de marca-passo ou cardiopatias congestivas;
- Uso de prótese metálica;
- Portadores de neoplasia;
- Patologias circulatórias tipo flebite, trombose;
- Renais crônicos;
- Gestantes em qualquer idade gestacional;
- Processos inflamatórios e infecciosos;
- Sobre a pele anestésica ( sem sensibilidade);
- Epilepsia ou patologias neurológicas que contra indiquem aplicação de corrente elétrica.
Referências:
BORGES, Fábio dos Santos. Modalidades terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São Paulo: Editora Phorte, 2006.
Esta semana escolhi o Echarpe de crochê da Risquet . Em tom discreto e mais fechado, a cor é atual e levemente cintilante. Achei perfeito para os dias mais fresquinhos e chuvosos.